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13/12/2015

Fábio Braga expressa preocupação com a escassez de água e a situação dos rios maranhenses

O deputado Fábio Braga (PTdoB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na quinta-feira (10), para expressar preocupação com a situação dos rios que cortam o Estado do Maranhão

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O deputado Fábio Braga (PTdoB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na quinta-feira (10), para expressar preocupação com a situação dos rios que cortam o Estado do Maranhão, cuja maioria está com uma lâmina de água muito abaixo do aceitável para essa época do ano. O assunto foi debatido na quarta-feira (9) pelos deputados Cristovam Filho e Vinícius Louro. 

De posse de um relatório fotográfico, elaborado pelo gabinete do senador Roberto Rocha, que mostra a situação dos rios do Estado do Maranhão, o deputado Fábio Braga declarou que é difícil aceitar que muitos rios estão com os leitos secos e, também, que já existem verdadeiras croas, como são chamadas as áreas em que a vegetação já invadiu o centro dos rios que outrora foram caudalosos.  

Em sua fala, o deputado Fábio Braga ressaltou a preocupação com os rios maranhenses, principalmente quando viu no relatório as fotos do Rio Itapecuru, que alimenta a cidade de São Luís, por meio do Projeto Italuís, cuja lâmina de água está muito abaixo do desejado “É uma situação preocupante para todos aqueles que moram na capital e às margens desse rio”, alerta.

 

Fábio Braga confirmou, também, no relatório fotográfico, a séria questão de degradação enfrentada pelo Rio Munim que, segundo o conhecimento de todos, abastece o consumo humano nas cidades de Vargem Grande e de Nina Rodrigues. Esse rio, entretanto, está com a lâmina de água muito abaixo do desejado para essa época do ano por falta de chuvas na região.  

MOBILIZAÇÃO PELOS RIOS   

No pronunciamento, Fábio Braga parabenizou os deputados Cristovam Filho e Vinicius Louro, por terem levado o assunto à Assembleia Legislativa, e aproveitou a oportunidade para alertar os parlamentares de que é possível, a partir deste momento, unir forças para dar a atenção devida aos nossos rios e às bacias hidrográficas genuinamente maranhenses.

Para Fábio Braga, a preocupação dele se agrava com o aumento populacional e com o avanço da agropecuária e das hidrelétricas que ameaçam a tranquilidade hídrica do Brasil. “As civilizações antigas e as cidades maranhenses se desenvolveram às margens dos rios. Água é vida e cuidar dela é cuidar da espécie humana e de todas as espécies animais”, afirmou.

O parlamentar revelou que os rios, com grandes volumes de águas, e que são partes de olhos d’água, filetes, riacho, córregos e de outros importantes afluentes - estão sofrendo, ao longo dos anos, por causa do desmatamento, por descuido do próprio ser humano, e por práticas ilegais que fazem com que esses rios tenham perdido a qualidade adequada para diversos usos.  

Na avaliação do deputado Fábio Braga, apesar de chover uma média de 400 a 800mm por ano, na região Nordeste, essa água, infelizmente, não é aproveitada como é nos países mais desenvolvidos no mundo. “Essa quantidade de chuva é sete vezes mais considerável daquela que ocorre no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, uma das regiões de agricultura mais desenvolvida no planeta” disse.  

ESTOCAGEM E DESPERDÍCIO

Para o deputado Fábio Braga, a diferença é que nos Estados Unidos cada litro de água é criteriosamente aproveitado e estocado para posterior aproveitamento no consumo humano, na lavoura e em outras atividades, enquanto que, no Nordeste brasileiro, os animais morrem de sede devido à evaporação da água mal acumulada, por uso excessivo e inadequado dela, por falta de rede de distribuição ou por carência de armazenamento para que ela possa ser reutilizada.  

De acordo com o deputado Fábio Braga, no Vale do Jaguaribe, no Estado do Ceara, existe um açude, o Orós, construído na década de 1960, que acumula mais de dois bilhões de metros cúbicos de água, aproximadamente o volume da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. Há também o Castanhão, construído em 2003, considerado o maior açude elaborado pelo homem no mundo.

Por fim, Fábio Braga disse que o Castanhão tem uma capacidade de quase 7 bilhões de metros cúbicos de água. “No Nordeste Brasileiro, juntando os pequenos e grandes reservatórios, acumulamos a maior coleção de água do planeta. E muitas vezes a água armazenada não chega às torneiras ou à agricultura do pequeno trabalhador porque é desperdiçada”, lamenta o deputado.

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